Riscos à saúde

Segundo a EPA e a OMS, o radônio é o segundo maior causador de câncer de pulmão, perdendo apenas para o fumo.

Devemos ter em mente que o radônio é carcinogênico e letal, que tem seus efeitos magnificados sobre fumantes, bebês e crianças em fase de crescimento.

Durante a reprodução das células, a radioatividade emitida pelo radônio pode causar uma alteração no DNA, ocasionando o aparecimento de um tumor. E quanto maior a concentração de radônio no ambiente, maior o risco às pessoas que frequentam o mesmo.

Dentro deste contexto, a presença de radônio nas residências assume um perigo mais preocupante, pois tratam-se de locais onde as famílias passam mais tempo. Escolas e maternidades também devem ser constantemente avaliadas devido à grande taxa de incidência de crianças em fase de crescimento.

O radônio se decompõe em outros elementos radioativos, que quando inalados podem danificar as células de nossos pulmões e aumentar o risco de câncer de pulmão. Quando ingerido na água, o radônio pode causar câncer de estomago e intestino, entre outros eventos adversos.

 

Fatores de risco

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o radônio é a principal causa de câncer de pulmão entre os não fumantes. Estima-se que cause cerca de 21.000 mortes por câncer de pulmão por ano e cerca de US $ 2 bilhões em despesas médicas, além da perda de produtividade (somente nos Estados Unidos). Em IOWA (EUA), houve um estudo com quase 1.000 mulheres que moravam em suas casas há mais de 20 anos. Os resultados do estudo de caso-controle (após ajuste para idade, tabagismo e outros fatores), indicaram que uma exposição de 20 anos a uma concentração de radônio equivalente às diretrizes preconizadas pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (USEPA) de 4,0 pCi /L, gerou um risco aumentado de 50% para desenvolvimento de câncer de pulmão.

Outros estudos apontam que o radônio é um fator de risco de 10 a 15 vezes maior para as pessoas que fumam em comparação com as que nunca fumaram. De acordo estimativas da OMS, entre 10 e 15 % de todas as residências no mundo apresentam concentração de radônio acima dos limites estipulados pela USEPA (4,0 pCi/L). Estudo realizado em imóveis da região metropolitana da cidade de São Paulo e apresentado no 11º CONGRESSO INTERNACIONAL DE AR CONDICIONADO, REFRIGERAÇÃO, AQUECIMENTO E VENTILAÇÃO (MERCOFRIO, 2018 – Porto Alegre/RS), aponta que 11% dos ambientes investigados apresentam concentração de radônio maior que 4,0 pCi/L. Este estudo embasa ao fato de que existe radônio no Brasil e abre um questionamento sobre este tema em nosso país.

 

Saiba se você está seguro.